Em Junho de 2013, após ver algumas fotos do Mocho-dos-banhados feitas em Paulínia/SP os olhos cresceram de vontade de ver o bicho. Sondamos a localização com o amigo Jefferson Silva (que morava lá) e ele prontamente nos passou as informações sobre o lugar, que era bem próximo a cidade. Chegamos no local e a principio nem cheiro da corujona, estacionamos e demos uma volta. Uma linha férrea nos inspirou a dar uns cliques, enquanto esperávamos ver a ave.
O lugar é puro mato com pouquíssimas árvores, ruim de sombra mas ideal para a corujona caçar, vimos alguns preás e lagartos por lá, também falando com o guardinha de uma empresa no local ele disse ter visto o mocho predar uma cascavel a poucos metros dele!!! Choramos poder estar ali nessa hora. Também vimos gavião-peneira dando show, mas bem distante para nossos 300 mm.
Ainda assim nada dele aparecer, mas alguns heróis da resistência (e da sobrevivência) estavam por ali, inclusive um que foi novidade para nós, o arredio e tímido pi-puí.
Mas a coruja mesmo nada…cogitamos ter errado o lugar ou estar com má-sorte, mas eis que surge um bicho grande rodeando acima de nós e nos olhando curioso. A sensação de ver uma ave dessas tão próxima só quem observa aves tem ideia. Partimos como duas crianças atrás do Papai-noel…não, partimos como dois esfomeados de guerra onde o mocho era o avião que trazia comidas…não, isso também não. Mas algo assim.
Enfim, ele pulava de moita em moita de cipó-de-são-joão e nós indo atrás sem tentar incomodá-lo, querendo aproveitar o resto de Sol que brilhava já no fim da tarde. Sei que depois de um pouco de correria ele relaxou e po(u)sou para nossa alegria:
Decerto que não cabia o sorriso nos nossos rostos, nessa época estávamos começando a entender melhor o que é observação de aves e esse encontro marcou e nos deu bastante ânimo nessa atividade proporcionalmente difícil e prazerosa. Foi um fim de tarde gratificante!
Aproveitando ainda o post sobre Paulínia segue fotos de um filhote de mãe-da-lua que vimos também na cidade, dessa vez num pesque-pague, onde o pessoal do GOAC já tinha oberservado a criatura. Uma semana antes dessa foto o amigo Norton havia visto a mãe ainda no local, mas a cada semana se distanciando mais.
Um funcionário do lugar disse ter visto a mãe há dois dias, enfim…parece que o garotão ia ter que aprender a andar sozinho:
Enfim, essas escapadas para essas cidades num raio de 50km de Campinas já renderam boas imagens e experiências, ver uma corujona como essa planando baixo no mato é sensacional, nos deixou de boca aberta, que nem a do filhotão da foto acima.
Fica o agradecimento ao Jefferson por passar a localização da área desse mocho e também ao Norton, pela localização da mãe da lua…tomara que esses bichos (sobre)vivam por muito tempo por ali.