Essa foi bacana, fomos a convite de um grande amigo de Igarapava, Carlos Santos, que modéstia a parte é um dos melhores amansadores de muares do Brasil e que estava a trabalho nessa Fazenda, na zona rural de Itatiba. O nome da Fazenda esquecemos, mas foi até bom. A proprietária não queria muita publicidade e ela tem todo o direito.
Fomos umas 3 vezes durante o tempo que o Carlos esteve por aqui, era só rodar 30 minutos e já tínhamos um ambiente bem diferente para contemplar, mais pacato e com mais verde.
Definitivamente não é um lugar “excelente” para se passarinhar apesar de termos andado pouco na propriedade, mas como sempre no fim o que vale é o passeio, seja de meia hora ou de 3 semanas, sempre se pode aprender algo do outro, nesse caso o nosso colega contou algumas aventuras mateiras do tempo que ele esteve na Acre, enfim, demos boas risadas com as histórias.
Saímos então para um outro lado onde corria uma água bem fina, ouvimos a vocalização do joão-porca, chegamos lá não deu outra, 2 indivíduos estavam numa barulheira danada, pena que num lugar com pouquíssima iluminação e pouca luz costuma ser inimiga mortal de quem não tem equipamento de ponta.
Ainda assim conseguimos algumas imagens deles, sendo essa abaixo a mais interessante. Chegamos a pensar que era um cortejo, onde o macho estava presenteando a fêmea com esse inseto que nos pareceu um “baratídeo”, detalhe, essa foto foi feita com ISO 2500:
Seguimos caminho e logo uma corruíra e um arapaçu apareceram :
No local tem um lago interessante, fomos dar uma volta por lá, ainda mais depois das histórias de que havia uma grande sucuri num canto específico, fomos direto para lá imaginando encontrar a cobra mas não foi dessa vez. No caminho algumas surpresas:
Mas surpresa mesmo foi ver um bicho que só tínhamos visto na TV. No mínimo excêntrico, pois não é toda criatura que carrega uma média de 6.000 espinhos no corpo. Embora com hábitos noturnos esse passeava tranquilamente em volta do lago, sem se incomodar muito conosco. O engraçado é que o Carlos disse que podíamos chegar bem perto do bicho, mas ao mesmo tempo dava aquela risada de quem sabe que uma merda pode acontecer, enfim, chegamos numa boa distância (pois ele já estava todo eriçado e sentimos que ali era o limite) e registramos o danado:
Que na sequência saiu nadando pelo lago, nos surpreendeu ver esse bicho na água, detalhe para o comentário do Carlos no fim do vídeo, eheheh:
Ainda na volta do lago vimos duas jaçanas (casal?) partindo de um ponto a outro da margem do lago, lá fomos como dois Mc Gyver misturado com 007, para tentar chegar o mais perto delas. Só que são muito ariscas, essa foi a melhor que conseguimos:
Foi escurecendo e voltamos para a casa onde o Carlos ficava, segue uma foto do cabra da moléstia:
E vultos voadores passando a todo tempo pelo local, achamos que ia ser a festa dos bacuraus, mas fomos ver era a corujunha-do-mato, que parou e foi extremamente simpática:
Ainda do lado da casa muita vocalização de anfíbios, chegamos mais perto e vimos que se tratava desses dois, detalhe para o que está sem uma das pernas:
Logo na sequência nos despedimos do Carlos e no caminho da volta mais surpresas, um gambá comendo algo que imaginamos ser coquinhos caídos no chão, embora não seja ave foi mais um lifer (ou lifer é só para aves?)
Íamos guardar as câmeras mas depois do gambá resolvemos levar no colo, coisa boa de se fazer pois logo a frente havia bastante movimentação num pasto, paramos e esperamos o bacurau pousar e fechar o nosso dia (noite?):
Enfim, outro lugarzinho legal bem perto de Campinas, pena que acabaram os 3 meses que o Carlos ficaria lá, mas sem lamento, é aproveitar cada chance e focar no próximo lugar.
Vale acrescentar que se alguém ler esse post e se interessar temos o maior prazer em fotografar a fauna e flora da sua propriedade, por certo muita coisa bonita pode sair do anonimato.